quarta-feira, 9 de março de 2011

RENÚNCIA DE MUBARAK


Renúncia de Mubarak

Por Fernando Rebouças
Ex-presidente e ditador do Egito, Hosni Mubarak nasceu em 1928. Governou o Egito de 1981 a 2011, e renunciou depois da intensa crise política que tomou as principais cidades egípcias por meio de manifestações populares, pressão da oposição e greve geral.
A crise no Egito que exigiu a saída de Mubarak foi inspirada na Revolução do Jasmim, ocorrida entre os meses de dezembro de 2010 e janeiro de 2011, na Tunísia, que culminou com a renúncia do então presidente da Tunísia, Zine El Abidine Bem Ali. Além do Egito, a crise se estendeu a outros países árabes.
Mubarak ocupou o poder em 1981, depois do assassinato de seu antecessor, Anwar Sadat, morto pelo radicalismo islâmico. Antes , Mubarak havia ascendido na Força Área pelo seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel. Em 1975, tornou-se vice-presidente. O Egito é uma república desde 1952.
Em 1995, Mubarak sobreviveu a um atentado enquanto visitava a Etiópia. Até 2005, sempre se reelegeu por referendo popular como candidato único.  Em 2005, permitiu a participação de outros candidatos na eleição presidencial, e mesmo assim venceu as eleições.
Durante as manifestações contra o seu governo, no dia 25 de janeiro de 2011, nomeou Omar Suleiman como vice-presidente e, em 1º de fevereiro de 2011, prometeu não concorrer à reeleição. Perante à situação de conflito pela qual o país caminhava, no dia 10 de fevereiro, decidiu renunciar. A renuncia foi anunciada pelo vice-presidente na TV estatal.
As ruas do Cairo e das principais cidades do pais iniciaram um intenso carnaval para comemorar a renúncia de Mubarak, a imprensa mundial destacou que o povo do Egito derrubou o regime ditatorial de Mubarak. O primeiro-ministro foi mantido no poder, mas o governo e as resoluções do pais passaram às mãos das Forças Armadas.
Dias após a renuncia de Mubarak,  junta militar anunciou que ficaria seis meses no poder, tempo necessário para realizar novas eleições e permitir uma transição política pacífica. A junta militar cancelou a Constituição vigente e iniciou um comitê para a elaboração de uma nova Constituição a ser decidida por referendo popular.

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